Navegando pelos mais
diversos meios de comunicação na última semana, e lendo inúmeros artigos, ora
criticando, ora elogiando as atitudes de Neymar no último clássico contra o
Atlético pela Copa do Rei, eu me dei conta de que o futebol ultrapassou as
quatro linhas há muito tempo, o fanatismo e a rivalidade viraram motivo de
chacota e o poder da fala se tornou uma arma para devastar e aterrorizar a carreira
de um jogador de futebol.
O fato é que 2015
será – e já está sendo, o ano de Neymar, por inúmeros motivos, alguns óbvios,
outros que só quem realmente ama e entende de futebol sabe enxergar.
Notoriamente Neymar já é um astro, e o mais impressionante é que ele já era
tratado assim nas divisões de base do Santos, antes de estreiar rumo ao ápice
do futebol. Ele teve anos incríveis comandando os meninos da vila, e chegou ao
Barcelona como homem do ano, não teve a melhor temporada, mas já podíamos enxergar
que ali nascia – novamente – um dos craques que o Brasil cansa de dar ao
planeta.
Foram jogos de
extremo aprendizado, e quando a Copa do Mundo deu o golpe final, Neymar
reacendeu a chama de sua genialidade, e está proporcionando aos espectadores
dos mais diversos países, a alegria do seu futebol. Em um mundo onde Cristiano
Ronaldo e Lionel Messi se destacam por serem únicos e geniais, Neymar mostrou
que alcançá-los não é questão de tempo, mas sim de caráter, e um certo domínio
da redonda.
Para quem conseguiu
desestabilizar os vice-campeões, e porque não os campeões europeus, nada é duro
ou forte demais para abater Neymar. A mistura da molecagem, com a seriedade e o
poder de decisão que o menino de 22 anos tem é impressionante, nessa temporada
participa de um gol a cada jogo, e não passa mais uma partida como segunda
opção.
A escola brasileira,
por Neymar, ainda tem seus méritos, o futebol cheio de intimidação, de graça,
dribles, confusão e agilidade demonstra que de onde ele veio, ainda virão
muitos. A raça, pouco exibida de Neymar, reflete em seu comportamento,
desprezando insultos, erradicando vaias, e ignorando gestos que possam fazê-lo
cair, e com isso, o futebol ganha, mas quem ganha mais e mais a cada jogo, é o
próprio jogador, que sabe lidar com situações que muitas vezes exigem certo
emocional e psicológico fortes. A sabedoria nessas horas vira a arma principal
de um homem no auge de sua carreira, a permanecer intacto diante dos
prepotentes que insistem em destruir uma pessoa que carrega consigo a essência
do futebol, que não entende como trabalho o ato de jogar bola, mas sim a
oportunidade de crescer, como homem, como jogador, como ser humano.
Queremos mais
Neymar!
Por: Jean Madrid
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