A
disputa entre o vencedor da Liga dos Campeões e o vencedor da Liga Europa bate
a nossa porta mais uma vez. Os blaugranas, tão acostumados a vencer torneios
europeus, encaram um velho conhecido, que em outrora já mostrou seu potencial.
A provável guerra pelo posto de “supercampeão” será premeditadamente,
agonizante – e sim, uso essa palavra por que sei o que nos espera no dia 11, na
Geórgia. Provavelmente, esta partida tem tudo para ser mais um jogo de
afirmação dessa nova era azul-grená. O panorama deve ser, teoricamente, o
esperado, mas receio que nem os torcedores, e nem o próprio time sabe da real
dificuldade que vai encontrar em Tbilisi no início da temporada.
O jogo do primeiro turno da La Liga 14/15, onde Messi se tornou o maior artilheiro do Campeonato Espanhol |
Refrescando um pouco a memória, se levarmos em conta os últimos dois encontros entre Barça e Sevilla, vemos que temos motivos para nos encher de esperança, e alguns outros para nos lotar de dúvidas. Na penúltima partida entre os dois times em destaque, no Camp Nou, pelo primeiro turno da La Liga, o Barcelona de Luis Enrique, ainda rodeado por uma futura crise, e sem um estilo de jogo firmado e consolidado, massacrou os rojiblancos na Catalunha. Foi um 5 a 1 digno do tamanho da equipe catalã, e que escancarava o declínio que o Sevilla sofria fora de casa.
A partida do segundo turno ficou marcada por uma grande reviravolta |
Porém,
já no segundo turno, o time comandado por Unai Emery – um dos melhores treinadores
da temporada europeia – mostrou todo seu poder atuando no Ramón Sánchez Pizjuán.
Em uma partida onde nos primeiros 30 minutos de jogo, Neymar e Messi haviam
destruído a esperança de manter a invencibilidade em casa que já durava um bom
tempo, os sevillistas provocaram uma tremenda reviravolta no panorama do jogo.
O Barça recuou após os dois gols, e o time da casa aproveitou para usar o fator
campo e torcida a seu favor. Não deu outra. Um empate com gosto de derrota e o
retrovisor estampando, mais uma vez, o Real Madrid na nossa cola – tudo bem que
isso não veio a ser um grande problema, entretanto, para um jogo praticamente
ganho como era esse, foi um deslize que em outrora poderia ser letal.
E
é analisando friamente o comportamento das duas equipes nesses últimos dois
encontros, que vemos que sim, a disputa pela Supercopa vai ser difícil,
truncada, corrida, e brigada até o fim. O campo neutro nos dá certa vantagem –
coisa que eu acho difícil de ser aproveitada, visando que um título está em
jogo –, pois o retrospecto catalão fora de casa é amplamente superior aos dos
andaluzes. Entretanto, como já foi dito – e vale a pena ressaltar –, não vai
ser nada fácil. O Sevilla nos tirou este mesmo título após a conquista de 2006,
e de lá pra cá só evoluiu. Não nos restam dúvidas sobre o potencial dos nossos
adversários, mas ainda mais, não nos restam dúvidas sobre o nosso potencial. E
se depender do time, a luta será mais eletrizante do que nunca. Vamos a
Supercopa da Uefa!
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