A composição que o Manchester City impôs na teoria era clara: tentar a classificação em pleno Camp Nou, por mais difícil que fosse. Os citizens eram a única esperança de representar a Inglaterra nas quartas-de-final da Uefa Champions League, Chelsea foi eliminado em casa e o Arsenal caiu, surpreendentemente, para o francês Mônaco.
Com um ataque “mais leve”, diferente da partida de ida, o foco do City seria as jogadas rápidas. A insegurança aumentou quando o nome de Mathieu apareceu no time titular, mas contrariou todos os torcedores, porque o camisa 24 fez uma partida impecável, uma de suas melhores com a camisa do Barcelona. Mesmo sem Dzeko, as jogadas aéreas ainda foram exploradas pelos visitantes, mas sem sucesso, a dupla de zaga esteve muito bem durante os 90 minutos.
Jogo frenético. Piscou, perdeu
Logo nos primeiros momentos o Barcelona mostrou que não seria fácil tirá-lo da competição. Neymar teve a primeira chance de abrir o placar, mas a bola bateu na trave, quase bateu na outra, mas não entrou. E o camisa 11 estava abusado, mostrava todo o seu repertório de jogadas bonitas (canetas e chapéu) e buscava o jogo a todo momento na primeira etapa. O City respondeu, Milner assustou na frente de Ter Stegen, mas Daniel Alves foi crucial na jogada, barrando o camisa 7 do Manchester City e a bola sobrou fácil para o goleiro alemão. Neymar, em bela jogada de velocidade, depois de pegar a bola na própria intermediária, avançou sozinho e foi derrubado por Fernandinho. Era uma boa oportunidade para Messi, que na cobrança mandou para fora, mas com perigo.
O jogo tinha um bom ritmo e muito aberto. O City tentava responder ao máximo as chegadas do conjunto catalão; Kolarov arriscou de longe e ficou tranquila para Ter Stegen. O time treinado por Pellegrini abusava das faltas. Silva acertou um carrinho por trás em Messi, que não aproveitou mais uma cobrança perigosa.
E numa jogada de contra-ataque, saiu o gol. Messi recebeu na direita, carregou e levantou a bola para a área, Rakitic vinha de trás, matou no peito e encobriu o goleiro Joe Hart para marcar um golaço, o único do jogo.
Show de gols perdidos
Enquanto o City continuava batendo e recebia cartões amarelos, Neymar continuava perdendo gols. Com o gene tiki taka mais expressado do que nunca, o brasileiro, quando tinha a chance de chutar para o gol, preferia o passe e acabava com as chances de gol do Barcelona. Nasri ainda poderia ter sido expulso, depois de perder a bola, acertou um chute nas pernas de Neymar, sem nenhuma intenção de ir na bola. No fim do primeiro tempo, Suárez recebeu um bolão do menino Neymar, avançou e deu um leve toque, Demichelis só acompanhou e tomou um susto, quando ela bateu na trave.
O segundo tempo não foi muito diferente, e começou com o Barcelona indo para cima. No primeiro minuto, a bola sobrou para Iniesta na entrada da área, que tentou o chute e ficou para Hart defender. Joe Hart, inclusive, foi o melhor jogador do Manchester City em campo. Se por um lado o time blaugrana perdeu um festival de gols, quando teve oportunidades claras, o goleirão inglês salvou a meta.
Ter Stegen assusta os torcedores, mas vira herói
Não é novidade o “estilo” do jovem alemão, e em entrevista ele disse que jamais mudaria a sua maneira de jogar. Pois bem, hoje as consequências poderiam ter aparecido. Ter Stegen saiu da área e tentou levar a bola, Aguero foi mais esperto e roubou a bola do goleiro, mas a zaga conseguiu cortar o perigo e livrou a barra de Stegen.
Se Neymar esteve frenético no primeiro tempo, no segundo esteve apagado. As jogadas apareciam pelos pés de Lionel Messi, em mais uma excelente partida, mesmo que não tenha marcado gols. Em outra boa jogada do camisa 10, Suárez recebeu na área e chutou na rede pelo lado de fora. E em seguida, Messi até chegou a driblar Hart, mas chutou para fora também.
Inclusive em um lance dentro da área, Hart estava atento mais uma vez, depois que Messi dominou a bola e já tinha girado para tirar o camisa 1 da jogada, mas Hart interceptou a jogada mais uma vez. E em mais uma boa jogada de Messi, a arbitragem anulou um gol legal de Jordi Alba.
Como já ressaltado, a dupla de zaga estava perfeita. Mathieu e Piqué se mostraram firmes em lances consecutivos, mas por descuido do zagueiro espanhol, foi assinalado pênalti (discutível) em cima de Aguero. Ele mesmo foi para a cobrança, mas parou nas mãos de Ter Stegen. Ali, morria as chances do Manchester City. Se empatassem a partida, poderiam jogar por tudo ou nada para marcar mais um e levar o jogo para a prorrogação.
Depois do pênalti perdido, o Barcelona perdeu mais gols e Hart salvou o City mais vezes até o apito final.
Visca El Barça, Road to Berlin!
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