segunda-feira, 16 de março de 2015

A redenção de Marc Bartra




Um zagueiro contestado que evoluiu ao ponto de ser chamado de o “Puyolzinho”.

Na temporada 2012-13, sob o comando de Tito Vilanova, Bartra foi promovido do time B ao time principal. O Barça ainda contava com Puyol e Piqué para a zaga titular, com Mascherano a sombra dos dois. Mesmo assim, Bartra recebeu poucas chances naquela temporada, e nessas, mostrou-se um zagueiro tecnicamente fraco e ainda muito, mas muito inseguro. A sua titularidade nas duas goleadas sofridas contra o Bayern de Munique deixaram a impressão de que Bartra era um zagueiro desastroso, terrível, e consequentemente, acabou por ficar “queimado” com a maioria dos torcedores, que não gostariam de vê-lo nem pintado de azul e grená no time titular. 

Na seguinte temporada, veio Tata Martino. A recuperação do capitão Puyol não foi efetiva como o técnico argentino esperava, as atuações de Piqué não convenciam e Bartra passou a ganhar mais chances. Felizmente, ele foi evoluindo, melhorou tecnicamente, foi mostrando mais segurança e confiança nos jogos. Seu ápice na temporada foi o gol marcado contra o Real Madrid na final da Copa do Rei, mas ele foi do céu ao inferno em questão de minutos, ao perder uma jogada de velocidade para Gareth Bale, que faria o gol do título para os merengues. 

A chegada do técnico Luis Enrique para a atual temporada, parece ter sido o ponto de apoio que Bartra precisava para alavancar seu vôo no Barcelona. A confiança do treinador, que trabalhou com Marc no Barcelona B e sabe muito bem sobre o estilo de jogo do zagueiro, era tudo que ele precisava. Lucho provocou uma evolução em Bartra que passou a ser notável pelas suas atuações. Escolhido para jogar na fase de grupos da Uefa Champions League, quando Bartra não esteve presente, o time perdeu, para o PSG (3-2). Fez uma atuação impecável na Holanda, quando vencemos o Ajax por 2-0 com dois gols de Messi, um deles com uma assistência do jovem zagueiro, que brigou pela bola a todo custo dentro da área adversária. E fez outra atuação melhor ainda contra o PSG no Camp Nou, onde, no mesmo lance, salvou o Barcelona de sofrer o gol de empate três vezes. 

Com a sua vontade e a sua raça demonstradas dentro de campo, as comparações surgiram. Bartra passou a ser comparado com o eterno Carles Puyol, e talvez seja uma comparação equivocada. Após duas temporadas de “adaptação” ao time principal, com poucas chances e atuações inseguras, Bartra ganha um enorme peso nas costas ao ser comparado com Puyol, que, para muitos, é o melhor zagueiro da história do Barcelona. 

Luis Enrique deu a confiança necessária para que Bartra demonstrasse ser um zagueiro seguro. Ainda jovem, 24 anos, poderá vestir a camisa do Barcelona por muitos anos e ser titular num futuro próximo. Corrigir a sua deficiência nas jogadas de velocidade e contra-ataques é o principal ponto que ele deve focar na sua constante evolução. Colocá-los diante de adversários fracos, como Elche e Levante, não estimulará essa evolução que o mesmo Luis Enrique proporcionou no começo da temporada ao utilizá-lo na Uefa Champions League. Bartra precisa amadurecer e enfrentar adversários mais fortes para provar o seu potencial.

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