No dia 6 de junho, o Barcelona voltou a fazer história. Depois dos dois títulos nacionais, era hora de fazer frente contra uma embalada Juventus que também lutava pela tríplice coroa. O que se esperava de uma marcação forte dos italianos desde os primeiros minutos de jogo, mostrou um Barcelona meio nervoso, mas só até os primeiros 120 segundos. Bastou a bola cair nos pés de Lionel Messi e uma bela inversão de jogo para Jordi Alba foi feita, o espanhol tocou para Neymar, que segurou a bola em busca do espaço até que Iniesta entrasse na área despercebido por Vidal e tocasse sutilmente para Rakitic marcar o primeiro gol da final logo aos 3 minutos e meio.
Um gol logo de cara desestabilizaria o emocional de qualquer time. Aproveitando da situação, o Barcelona continuou a ir para cima. E só não fez o segundo ainda no primeiro tempo por milagre de Gianluigi Buffon, mostrando que, mesmo aos 37 anos de idade, é um goleiro sensacional. A Juventus não criava tantas jogadas trabalhadas para sair na cara de Ter Stegen, mas aos poucos foi conseguindo os seus espaços e assustando os catalães. Boas movimentações de Pogba, Tévez, Vidal e Morata levaram perigo ao nosso gol. E reclamações, quantas reclamações, para os dois lados! O Barcelona reclamou de pênalti minutos depois do primeiro gol, em cruzamento de Neymar, a bola bateu na mão do zagueiro da Juventus, mas o árbitro mandou seguir. Uma falta em Pogba na meia-lua da área realmente aconteceu, mas o turco Cüneyt Çakır disse que não houve nada após o francês valorizar a falta e cair dentro da área pedindo pênalti.
E a atuação do árbitro não foi das melhores. Um jogo repleto de faltas não marcadas e reclamações mostrou que ele não estava preparado para apitar uma partida dessa magnitude, mesmo que trabalhe sob pressão, os clássicos turcos que o digam.
Luis Suárez, que estava meio apagado durante o primeiro tempo, apareceu já nos minutos finais e com perigo, dando dois sustos na torcida italiana. Dois lances que poderiam ter terminado em gol. Mas, o Barça foi para o vestiário com a vantagem no placar e jogando melhor durante os primeiros 45 minutos.
Já no começo do segundo tempo, o Barça continuou mostrando o que tinha ido fazer na capital alemã. Buffon fez outra defesa sensacional em chute de Suárez e uma boa triangulação do trio sul-americano quase terminam em gol. Mas, a Juve achou o espaço que tanto buscava no jogo. A bola sobrou para Marchisio, que deu um fantástico e inesperável passe de calcanhar para Lichtsteiner, que cruzou rasteiro para Tévez, o camisa 10 da Juve fez como manda a cartilha, virou e chutou: Ter Stegen até fez milagre no primeiro chute, mas deu rebote e Morata estava livre para empatar a partida. E com 10 minutos de segundo tempo, a Juventus começou a gostar do jogo e ir para cima do Barcelona. Para os culés, a final estava ficando com um ar dramático, mesmo com muito jogo pela frente. O que restava para os torcedores era contar com uma das principais armas do Barcelona na temporada: a resposta rápida. Tinha sido assim contra Atlético de Madrid, Bilbao, Bayern...
E a resposta veio 14 minutos depois. Deram espaço para o camisa 10 do Barça e ele levou a bola até a área e chutou, Buffon deu rebote e Luis Suárez estava lá, como um bom camisa 9, para desempatar a partida. Poucos minutos depois, o Barcelona poderia ter ampliado o placar e administrado o resto da partida. Neymar cabeceou, a bola bateu na sua mão e entrou. Mas o árbitro invalidou o gol entendendo que o gol foi de mão, o que gerou mais uma, das muitas discussões do jogo. Xavi entrou em campo no lugar de Iniesta e recebeu a última passagem da faixa de capitão da história dessa dupla. Com 2x1 no placar, Luis Enrique fazia mudanças para administrar o resultado. Mathieu entrou por Rakitic e Pedro por Suárez, depois do uruguaio dar um susto nos torcedores ao parecer que tinha se lesionado feio. No último lance da partida, a Juventus queria fazer milagre. Em uma falta perto do meio-campo, tentaram colocar a bola na área, mas Piqué subiu duas vezes para afastar o perigo e a bola sobrou para Messi, que tocou para Neymar, e com Buffon fora do gol, o brasileiro poderia até ter arriscado um chute, mas continuou e quase perde a bola por perder a passada, tocou para Pedro e o camisa 7 devolveu para que Neymar fechasse a conta.
O menino da vila entra para o seleto grupo de vencedores da Libertadores e da Uefa Champions League, mas é o único que fez gol nas duas finais e foi campeão.
A Campanha
Na fase de grupos, o Barcelona tinha pela frente: APOEL, Ajax e PSG. O primeiro jogo contra a equipe do Chipre marcou a estréia do alemão Ter Stegen e de Sergi Samper pela equipe principal. Em um jogo que se esperava muito dos blaugranas, acabou com um 1x0 com gol de Piqué. Ainda sem Luis Suárez, o Barcelona enfrentou o PSG na França e o time de Luis Enrique sofria a primeira derrota da temporada. As críticas choveram em cima do goleiro Ter Stegen pelos gols sofridos. Apesar de tudo, ele se recuperou muito bem. A vitória contra o Ajax colocou Sandro Ramírez, autor de um dos gols na vitória por 3x1, num patamar acima de Munir, que tinha sido uma aposta no começo da temporada. A estréia de Luis Suárez na Uefa Champions League veio contra um ex-time, o Ajax, na Holanda. Em uma partida impecável do zagueiro Bartra, Messi tratou de fazer os dois gols do jogo e se igualar a Raúl na história artilharia da competição. Com mais entrosamento, foi a vez do APOEL sofrer no Chipre. Suárez deixou a sua marca na goleada que ainda contou com um hat-trick de Messi, colocando-se como maior artilheiro da competição continental. A vitória contra o PSG no Camp Nou foi só a cereja do bolo: um 3x1 com gols de Messi, Suárez e Neymar e com direito a Pedro atuando de lateral/ponta.
O azar, não sorteio, colocava o Manchester City frente a frente ao Barcelona mais uma vez, como na última temporada. Depois de perder para o Málaga no Campeonato Espanhol, o Barcelona viajou à Inglaterra para enfrentar os azuis. E a Terra da Rainha fez bem para Suárez. O Barcelona venceu com dois gols do uruguaio e largava em vantagem pela vaga nas quartas-de-final, poderia ter sido mais, porém Messi perdeu pênalti no último lance do jogo. Na partida de volta, Rakitic carimbou o passaporte blaugrana, em um jogo frenético e cheio de gols perdidos, o jogo terminou 1x0 com um goleiro alemão, antes contestado, sendo herói: Ter Stegen defendeu pênalti de Aguero em um momento crucial do duelo.
O PSG entrava no nosso caminho mais uma vez, mas com muitos desfalques para a primeira partida na França. Sem Verratti, Thiago Motta e Ibrahimovic, peças fundamentais para a equipe de Laurent Blanc. E o Barcelona aproveitou disso, com Neymar garantindo o 1x0 no primeiro tempo. No segundo, o técnico da equipe francesa se viu obrigado a arriscar e abriu espaços. Suárez fez dois dos gols mais bonitos da temporada européia, aplicando duas canetas em David Luiz nos dois lances dos gols. Poderia ter terminado 3x0 na França, mas Mathieu fez uma bizarrice e desviou um chute de Van der Wiel e matou o goleiro Ter Stegen. Na volta, com dois gols de Neymar, o Barça despachou o PSG e garantiu sua vaga nas semifinais.
O sorteio colocou Pep Guardiola contra o seu ex-time. E o Barcelona era rondado pelo fantasma de 2013, quando foi goleado duas vezes pelos alemães. Em uma primeira partida muito amarrada, Messi desequilibrou nos minutos finais com dois gols e deu tempo de Neymar também deixar o dele, um 3x0 convincente e deixando o Bayern numa posição muito difícil para chegar à final. Na Alemanha, o Bayern abriu o placar rapidamente, aos 7 minutos, mas ainda no primeiro tempo, o Barcelona virou com dois gols de Neymar. No segundo tempo, Suárez foi substituído e os culés perderam todo o seu poder de fogo, iriam jogar os últimos 45 minutos com o regulamento debaixo do braço. O Bayern virou para 3x2 com gols de Lewandowski e Muller, mas o lance mais importante da partida foi a milagrosa defesa de Ter Stegen: defendendo um chute de Lewandowski no reflexo e ainda deu tempo de tirar a bola em cima da linha.
Destaques
Ter Stegen: Contestado por suas atuações no começo, Ter Stegen mostrou porque mereceu o investimento do Barcelona. Mesmo com os sustos ao sair da área pelo seu estilo semelhante ao de Manuel Neuer, ou quando o time estava no ataque e a câmera pegava o goleiro no meio-campo, ele surpreendeu a todos com brilhante, às vezes milagrosas, defesas.
Piqué: Após um fracasso na última temporada, como ele mesmo citou, Piqué afirmou que não estava no seu melhor nível e disse que queria voltar a ser o melhor zagueiro. Pois bem Gerard, você conseguiu. Sem dúvidas, foi o zagueiro mais consistente da Europa na temporada e fez uma dupla formidável com o jefecito Mascherano.
Rakitic: Fàbregas Who? Rakitic adicionou um tempero a mais ao meio-campo do Barcelona depois dos resultados nas últimas temporadas. Podendo defender tão bem quanto ataca, Rakitic deu regularidade ao trio do meio. Seja cobrindo as subidas de Daniel Alves ou voltando para marcar e recuperar bolas, Rakitic também mostrou como era fatal ao chegar ao ataque, principalmente com seus chutes de fora da área.
Suárez: Depois de Eto’o, não vimos boas atuações dos camisas 9 do Barcelona. Suárez veio para tapar esse buraco aberto há muito tempo. Após cumprir suspensão da FIFA, o uruguaio só foi fazer a sua estréia em outubro de 2014. Demorou um pouquinho para se entrosar com os companheiros de ataque, mas o tempo foi o suficiente para eles: o trio mais goleador da história do futebol espanhol. Suárez mostrou que nem só de gols vive um camisa 9, as assistências foram muito freqüentes.
Neymar: O brasileiro mostrou um pico de evolução estrondosa desde a Copa do Mundo. Foi a temporada de afirmação na Europa para o menino Neymar, e nada melhor do que uma tríplice coroa. Mostrou que é uma das peças mais importantes para o Barcelona e como também pode ser decisivo nos momentos cruciais: gols nos jogos do mata-mata contra o PSG, Bayern de Munique e na grande decisão contra a Juventus. Ao lado de Messi e Cristiano, Neymar terminou na artilharia da Champions com 10 gols.
Messi: Depois de Cristiano Ronaldo dizer que esperava alcançar Messi nos números da bola de ouro, aquilo deixou Messi mordido. O argentino viveu um primeiro semestre fantástico e fez uma temporada inesquecível. Virou o maior artilheiro da história do campeonato espanhol e briga testa a testa com o português do Real Madrid pela artilharia história da Uefa Champions League. Messi mostrou como pode fazer uma partida incrível mesmo sem fazer gols, vide contra o Manchester City pela ida das oitavas de final. Agora, ele vem para retomar o seu trono.
Prontos para dominar o mundo
Xavi nos deixou da melhor maneira possível, conquistando a tríplice coroa e levantando a orelhuda em Berlim. Agora, um dos grandes ícones da história do clube está indo para o Catar e esperaremos ansiosos pela sua volta. Pelo resto do ano, teremos pela frente o Sevilla, disputando a Supercopa da Europa, e o Bilbao pela Supercopa da Espanha. O Mundial de Clubes, no fim do ano, também nos espera e Luis Enrique pode repetir o feito de Pep Guardiola: conquistar o tão sonhado sexteto.
Em números, a melhor temporada da história
50 vitórias e 3 títulos em 60 jogos disputados. O time de Luis Enrique mostrou um aproveitamento de 83%, 174 gols marcados e apenas 38 gols sofridos. Comparando com o fantástico time de Guardiola: o elenco de 2008/09 teve um aproveitamento de 67% e marcaram 158 gols. O Barcelona de 2014/15 perdeu apenas seis vezes: contra PSG, Real Madrid, Celta de Vigo, Real Sociedad, Málaga e Bayern de Munique.
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