quarta-feira, 4 de novembro de 2015

E quando Messi voltar?

Vai ser interessante, muito interessante! 

Há pouco mais de um mês, quando Messi se lesionou, o Barcelona não vinha convencendo, tomava muitos gols, andava meio desarrumado, o elenco era, e ainda é, um problema, e não se via mais o futebol apresentado na temporada passada. Ironicamente, com a saída de Messi e algumas lesões pontuais, o Barça se viu obrigado a se virar do jeito que podia. E o resultado não poderia ser melhor.

Tudo bem que o setor defensivo ainda não passa a segurança desejada, porém, os erros lá de trás são compensados pelos acertos lá da frente. Neymar e Suárez, literalmente, tomaram conta do ataque. Sandro e Munir pouco fizeram nas chances que lhes foram dadas, apesar da notável evolução do segundo, e o protagonismo passou a ser dos que eram, na companhia de Messi, os coadjuvantes.

Os donos do ataque catalão │ Reprodução: Getty Images

Neymar e Suárez passaram a flutuar pelo ataque e, consequentemente, a devastar as defesas adversárias. No Campeonato Espanhol, todos os gols marcados após a lesão de Messi foram ou de Neymar, ou de Suárez. O brasileiro e o uruguaio chamaram a responsabilidade, vestiram a carapuça da liderança e estão, cada vez mais, jogando seu melhor futebol.

Lionel Messi deve estar de volta dentro de um mês, ou menos, e as expectativas não poderiam ser melhores. Quando se machucou, Messi vivia um bom momento, como sempre, e, não surpreendentemente, não se espera menos de quando ele estiver de volta.

O gênio está voltando │ Reprodução: Getty Images

O ponto em questão é que, com a gigantesca evolução de Neymar e Suárez, o trio MSN deve atingir o seu auge. Imaginem só os três atacantes flutuando no ataque, Neymar e Messi criando jogadas geniais, Luis Suárez finalizando como só ele sabe, gols, gols e mais gols. A melhor fase de Neymar e Suárez, vestindo a camisa azul e grená, é a atual. Teremos, com a volta de Messi, três protagonistas afiados, três dos melhores jogadores do mundo comandando o maior time dos últimos tempos.

Volte logo Messi, o futebol precisa ver isso!

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

5 medidas que podem resolver os problemas do Barcelona

Que o início de temporada não é bom, isso não é novidade para ninguém, mas além do baixo rendimento, outro fator vem atrapalhando o Barcelona nesses últimos tempos: as lesões. Com o grande número de ausências, a sanção da Fifa ainda em vigor, um banco de reservas que não supre as necessidades e uma pitadinha de azar, o Barça se encontra em um beco, mas não sem saída.

O grande problema do Barcelona: o banco de reservas Reprodução: Getty Images
O maior problema do clube catalão é evidente: o elenco. Enquanto seus rivais diretos, Bayern, Real, City, PSG, entre outros, tem um material humano de ponta em mãos, o Barcelona vai tendo que se desdobrar para se manter vivo em todas as frentes até 2016. É complicado, mas não impossível. Porém, de nada adiantará o fim da sanção, e a volta dos lesionados, se a diretoria não se mexer e tomar algumas decisões. Listei 5 medidas cabíveis que o clube pode, e deve, tomar na segunda metade da temporada:

1) Fazer caixa. Por menores que sejam os valores, jogadores como Mathieu, Douglas, Sergi Roberto, Sandro, Adriano, e um ou outro menino da base, ajudariam muito a arrecadar fundos para futuros investimentos, ou melhor, investimentos imediatos. Além de que, os jogadores citados raramente atuam, e quando atuam não rendem o esperado para o time.

2) Precisamos de um defensor. Já faz algum tempo que algumas contratações do Barcelona vêm sendo contestadas. Mathieu e Douglas são prova disso. Aleix Vidal foi contratado para, na teoria, jogar na lateral-direita, então, creio que temos um reserva ideal. Visando a saída dos dois jogadores citados, e também a de Adriano, se torna necessário trazer para a equipe mais um zagueiro/lateral. O nome que estampa a capa dos jornais e que, particularmente, é meu preferido é o de Laporte. Um zagueiro técnico e com visão de jogo, e que quebra um enorme galho, melhor que o Mathieu, convenhamos, na lateral.

3) O tão esperado meia. Arda Turan, provavelmente, será o 12º jogador da equipe, e não por menos, o turco é um meia de qualidade ímpar. Mas, mesmo assim, o Barcelona precisa olhar para frente, e enriquecer, como puder, o elenco atual. Rafinha também tem qualidade, entretanto ainda é uma promessa. Diversos nomes já foram especulados. Coutinho, Pogba e Verratti são os que mais chamam a atenção, por se tratar de jogadores jovens que já se destacam em seus respectivos times. Se quisermos manter a filosofia, e creio que devemos querer, Verratti seria a melhor opção. Além de exercer, no PSG, a mesma função que exerceria no Barça, o italiano tem as mesmas características de Xavi e Iniesta, e isso conta muito na hora do entrosamento. O estilo de jogo se mantém, só que com peças novas.

4) O quarto elemento do ataque. Messi, Suárez e Neymar são titulares indiscutíveis e, não surpreendentemente, não temos reservas à altura. Com a saída de Pedro, e a lesão de Rafinha, as coisas pioraram ainda mais. Sandro e Munir são boas promessas, mas falta regularidade e experiência. Se for para manter um deles na equipe, que seja Munir, que já provou seu valor pelos times de base, e vem tendo melhores atuações, na equipe principal, do que Sandro, que daria um belo caixa. Mesmo assim, um reserva não é o bastante, e é por isso que precisamos de um reforço de peso para o ataque. Nolito é o nome preferido de Luis Enrique – e o meu também. O ponta-esquerda do Celta vem fazendo um belo início de temporada – o Barcelona que o diga –, além de ter sido convocado, por Vicente Del Bosque, para a seleção espanhola. E se temos um 12º jogador (Turan), porque não um 13º. Ainda que menos técnico que Neymar, Nolito tem experiência, um preço acessível, e, a julgar pelas últimas atuações, deve corresponder à altura dentro de campo. Ele seria, no Barcelona, o Pedro da temporada 15-16.

5) Uma promoção que já deveria ter sido feita há tempos. Se olharmos para a base, dificilmente veremos grandes promessas como antigamente, porém, não quer dizer que elas não estejam lá. Se analisarmos bem, veremos que há um jogador no time B que já deveria, há tempos, fazer parte da equipe principal. Estou falando de Sergi Samper. Técnico, habilidoso, versátil e polivalente, Samper é uma das promessas da base que vale a pena ter a disposição no time A, para ser lapidado em contato com os grandes jogadores. Além de enriquecer o elenco, o Barcelona mantém a sua filosofia de criar e lançar jogadores. Samper ganha e o Barcelona também.

O time precisa, urgentemente, de reforços │ Reprodução: Getty Images

Com as 5 medidas tomadas, o Barcelona teria à disposição, o seguinte elenco:

Goleiros: Bravo, Ter Stegen e Masip.
Defensores: Daniel Alves, Piqué, Mascherano, Jordi Alba, Aleix Vidal, Bartra, Vermaelen e Laporte.
Meias: Busquets, Rakitic, Iniesta, Samper, Verratti, Arda Turan e Rafinha.
Atacantes: Messi, Suárez, Neymar, Munir e Nolito.

23 jogadores, um elenco fechado, numeroso, técnico e muito bom. Tudo isso tomando 5 medidas simples. Alô diretoria, é hora de se mexer!

domingo, 16 de agosto de 2015

Cabeça erguida azul-grenás!

O sentimento de torcer pelo time de uma geração
Pois é, os últimos dias não vêm sendo nada fáceis para o torcedor blaugrana. Depois de um conquista heroica na Supercopa da Europa, o gosto amargo da goleada sofrida em Bilbao assombra a todos que botavam fé na equipe catalã. O golpe foi tão grande, que poucos acreditam em uma remontada. O título da Supercopa da Espanha parece já ter dono, e não é o Barcelona. O sonho do segundo sextete está próximo do fim.

Triste? Sim, muito. Mas ao mesmo tempo, estou feliz, curioso não? Feliz por saber que mais uma vez marcamos história, feliz por saber que o Barcelona continua sendo um dos maiores clubes do mundo, haja o que houver, e que atualmente, somos o time a ser batido.

Voltando um pouco no tempo, mais precisamente em 2010, 2013 e 2014, podemos enxergar a diferença do Barça aos demais. A Internazionale, campeã da tríplice coroa em 2010, ganhou 5 títulos no ano. Sua única derrota em finais, foi frente ao Atlético de Madrid, na Supercopa da Europa. Em 2013 foi a vez do Bayern de Munique, ganhou quase tudo, só deixando escapar a Supercopa da Alemanha, em uma goleada sofrida frente ao Borussia Dortmund. E o nosso maior rival, o poderoso 10 vezes campeão da Europa, em seu melhor ano em tempos, conquistou 4 títulos – coisa que o Barcelona já fez esse ano. O Madrid deixou escapar a La Liga, e a Supercopa da Espanha – coincidentemente, o mesmo campeonato em que o Barcelona foi derrotado na última sexta-feira (14). Sem contar que nem em sua melhor época o Real Madrid conquistou a tríplice coroa.

Desmerecimento? De forma alguma. O Real Madrid é um dos maiores clubes do mundo. O que está implícito nessa comparação entre o Barcelona e os demais, é que atualmente, o Barça é o clube mais vitorioso dos últimos tempos. E isso não se deve discutir.

Das últimas 10 Uefa Champions League, conquistamos 4. A soberania na Espanha também é evidente. Dos últimos 11 campeonatos nacionais, o Barcelona conquistou 7 deles. Os números deixam claro que o Barça é sim, mais que um clube, e mais que isso, é o clube da paixão, da fé.

Nos últimos dias venho lendo diversos textos de apoio à equipe azul-grená. Diversas mensagens recheadas de esperança, persuasão e amor. O torcedor do Barcelona, como já é de costume, acredita sempre no time. Comigo não é diferente, e acredito que com a maioria não seja. O Barça pode até perder o título amanhã, mas o que esse clube já nos proporcionou poucas pessoas entendem. Tots units fem força, e vai pra cima deles Barça!

domingo, 9 de agosto de 2015

O ultimato Rodriguez

O autor de um dos gols mais emblemáticos da história do Barcelona
Qual torcedor do Barcelona não se lembra daquele primeiro gol na final da Champions League de 2011. Um passe pornográfico de Xavi e uma definição no canto do, naquela época, ponta-esquerda. Acontece que o autor desse gol emblemático está perto de anunciar sua saída do clube catalão, e para muitos, ele não sai como um herói. Muita gente critica suas últimas temporadas, e dizem não ver mais o futebol de antigamente no espanhol, outros, porém, ainda enxergam nele uma peça fundamental do elenco. O que eu, como admirador e torcedor do maior campeão dos últimos tempos, tenho a dizer sobre ele é: Pedro é mais importante do que imaginamos!

A transferência de Pedro Rodriguez para a Inglaterra está perto de ser fechada, ironicamente, o destino do espanhol pode ser o rival daquela Champions de 2011, o Manchester United. Entretanto, parece que o acaso conspira para Pedro permanecer na Catalunha.

Neymar, o jogador que tirou a vaga de Pedro do time titular, está doente e não poderá jogar os próximos jogos do Barça. Coincidentemente, as três próximas partidas são decisivas e valem dois títulos: a Supercopa da Europa, e a Supercopa da Espanha. Eis que, depois de longos meses mofando no banco de reservas na maior parte dos jogos, Pedro terá novamente a chance de ser titular da equipe, e isso pode reverter totalmente a situação clube-jogador.

Pedro se vai, e com certeza, sentiremos sua falta
Creio que dificilmente o espanhol permanecerá, até por que Neymar, assim que estiver apto, tomará seu lugar no time titular. Porém, esses três jogos decisivos podem proporcionar ao espanhol, campeão de tudo pelo Barcelona, uma saída digna e que mostre o seu real tamanho na equipe catalã. Pedro é, querendo ou não, um dos grandes jogadores que passaram por Barcelona, e merece, assim como todos os outros grandes jogadores, uma saída digna e especial. E convenhamos, nada melhor do que uma despedida acompanhada de títulos – Xavi que o diga.

Por tudo que ele representa – e acredite, é muita coisa –, e por tudo que ele ganhou, devemos a Pedro a chance de, novamente, fazer história. Mesmo que seja como coadjuvante. A verdade é que o Barcelona sentirá muito a sua falta. Sentiremos falta da ausência de técnica, dos gols perdidos, das jogadas desperdiçadas, e ainda mais, dos gols decisivos, da liderança, da rapidez e agilidade, das assistências, da importância e do tamanho de mais um espanhol que marcou época em um dos maiores clubes do mundo. Mesmo que você fique, sou obrigado a te dizer: obrigado Pedro, você é maior do que imagina ser!

sexta-feira, 31 de julho de 2015

E Halilovic?


A camisa 30 é só mais uma mera semelhança.

No primeiro jogo da temporada diante do Los Angeles Galaxy, Halilovic não foi tão bem e mesmo a sua entrada contra o Manchester United, o time inglês já tinha uma vantagem para garantir a vitória. Contra o Chelsea, Halilovic entrou muito bem e mostra uma evolução que pode ser aproveitada. 

Por ser tratado como a última promessa do futebol croata e sua semelhança com Lionel Messi espera-se muito dele. Sua “missão” nesta pré-temporada era impressionar o técnico Luis Enrique para que conquistasse uma vaga na equipe principal e evitar um provável empréstimo (o Sevilla é o time mais interessado em contar com o jovem para a próxima temporada e conta com Denis Suárez, também cria da La Masia). 

Analisando o jogo contra o Chelsea dessa semana, se Halilovic conseguir cativar o treinador e conseguir uma vaga nesta equipe, ele já achou o seu lugar no campo. Lucho acertou em ter colocado Halilovic para jogar de ala contra o Chelsea, já que seu passe não é tão bom quanto o seu drible rápido. As puxadas para a perna esquerda podem ser fatais na entrada da área, e ele já mostrou isso na Copa do Rei, na sua estreia oficial pelo Barcelona, onde quase marcou um gol. 

Quanto mais Halilovic estiver próximo ao gol, mais ele pode render. Mas, aqui entra um dilema: 

A ala direita do Barcelona já tem dono: Messi. No novo esquema com Neymar-Suárez-Messi, o camisa 10 passou a jogar como no começo da carreira, reaproveitando a antiga dupla com o brasileiro Daniel Alves. E parando para pensar, Messi não tem um substituto imediato, não como Sandro parece ser o substituto ideal para Suárez por tudo que já apresentou quando recebeu uma chance. 

Halilovic precisa ser lapidado, e muito. Não adianta deixá-lo no Barcelona B com a queda para a terceira divisão (e mesmo que o clube compre a vaga em aberta para a segunda divisão como saiu na imprensa espanhola nos últimos dias), não vai ser mais interessante para ele. Hali não recebeu os minutos necessários com Eusebio e ainda teve uma lesão no meio do caminho para atrapalhar o seu desempenho e não conseguir ajudar o Barcelona B como deveria, ele precisava ser o destaque daquela equipe na segunda divisão. 

Emprestá-lo fará com que alguns torcedores não gostem tanto da ideia, mas parece ser necessário. Ele precisa de tempo, precisa melhorar e mostrar o seu futebol, para voltar ao Camp Nou e encantar o mundo com as cores azul e grená.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Luis Suárez: a evolução não pode parar

Do Uruguai para o mundo: Suárez é melhor 9 da atualidade
Quem acompanhou os últimos anos da carreira de Luis Suárez sabe do que estamos prestes a falar. Do título de revelação do Nacional, até os gramados da terra da rainha em 2011, Luisito encheu os olhos dos fãs do esporte bretão por onde passou. Na Holanda, um de seus principais palcos – em relação ao futebol –, virou ídolo rapidamente. Encantou, alegrou e trouxe um requinte a mais a uma liga tão fraca tecnicamente. Seus anos em Anfield só confirmaram o que todos já sabiam depois das grandes atuações na Copa do Mundo de 2010 e na Copa América de 2011: Suárez viria a ser um dos grandes atacantes do mundo.

Não demorou até o uruguaio cansar de fazer gols nos rivais ingleses – Norwich City que o diga. A temporada 13/14 foi brilhante levando em conta o desempenho individual do centroavante, o que de certo, poderia ter sido melhor, se o Liverpool na época esbanjasse o mesmo entrosamento que Luis mostrava sozinho. O título perdido nos últimos suspiros da Premier League deixou Suárez com um peso enorme na consciência. Ele não foi capaz de devolver o título que os Reds sonhavam em ter de volta há tempos.

E de lá pra cá, Luis Suárez vingou. Deixou para trás tudo que o prendia ao espírito pouco vencedor – atualmente, que fique claro – do Liverpool, e chegou ao maior campeão do século XXI fazendo jus a promessa de um ataque avassalador na Catalunha. Não deu outra! O que Messi, Neymar e Luisito fizeram em 14/15, pouco se viu na história do futebol. Foi uma era mágica, comandada de dentro da área por um uruguaio cheio de raça, técnica e faro de gol.

Já ídolo, Luisito ainda tem muito o que dar ao futebol
A bola na rede na final da Uefa Champions League só coroou a carreira de um atacante que ainda tem muito a dar ao futebol. No auge dos seus 28 anos, Luis Suárez, em seu primeiro ano em Barcelona, ganhou tudo o que podia, fez gols em todas as frentes que disputou, e desbancou grandes nomes na artilharia do campeonato local (como Gareth Bale, Karim Benzema, Mario Mandzukic, etc). Foi um ano que provou que todo o potencial exibido na Inglaterra, ainda era uma realidade na Espanha.

E o que esperar dos próximos anos de Suárez no clube catalão? De certo, uma evolução ainda maior – e talvez um lugarzinho entre os melhores do mundo da Fifa. Não é pra menos, a avalanche de futebol depois do Groningen-HOL, ficou escancarada em suas passagens já citadas, pelo Ajax e pelo Liverpool. O Barcelona é a cereja no bolo de uma carreira já brilhante. A tendência à evolução fica clara pela idade, pelo porte físico, pela voracidade, e por outros inúmeros atributos que Suárez carrega consigo.

Como o título do post mesmo já diz: a evolução não pode parar! Acredito que Luisito ainda tem muito a dar ao Barcelona e ao futebol. Tem tudo para marcar seu nome no hall da fama dos melhores centroavantes do mundo, e ainda mais, tem potencial para deixar uma marca simbólica nos corredores da Catalunha, onde irrepreensivelmente, já é ídolo. Falo com todas as letras, e com o espírito de um fã que torce muito pelo uruguaio: Luis Suárez é um dos melhores do mundo, e virá a marcar seu nome na história. Aguardem!

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Supercopa da Uefa, mais um jogo de afirmação

A disputa entre o vencedor da Liga dos Campeões e o vencedor da Liga Europa bate a nossa porta mais uma vez. Os blaugranas, tão acostumados a vencer torneios europeus, encaram um velho conhecido, que em outrora já mostrou seu potencial. A provável guerra pelo posto de “supercampeão” será premeditadamente, agonizante – e sim, uso essa palavra por que sei o que nos espera no dia 11, na Geórgia. Provavelmente, esta partida tem tudo para ser mais um jogo de afirmação dessa nova era azul-grená. O panorama deve ser, teoricamente, o esperado, mas receio que nem os torcedores, e nem o próprio time sabe da real dificuldade que vai encontrar em Tbilisi no início da temporada.

O jogo do primeiro turno da La Liga 14/15, onde Messi se tornou o maior artilheiro do Campeonato Espanhol

Refrescando um pouco a memória, se levarmos em conta os últimos dois encontros entre Barça e Sevilla, vemos que temos motivos para nos encher de esperança, e alguns outros para nos lotar de dúvidas. Na penúltima partida entre os dois times em destaque, no Camp Nou, pelo primeiro turno da La Liga, o Barcelona de Luis Enrique, ainda rodeado por uma futura crise, e sem um estilo de jogo firmado e consolidado, massacrou os rojiblancos na Catalunha. Foi um 5 a 1 digno do tamanho da equipe catalã, e que escancarava o declínio que o Sevilla sofria fora de casa.

A partida do segundo turno ficou marcada por uma grande reviravolta

Porém, já no segundo turno, o time comandado por Unai Emery – um dos melhores treinadores da temporada europeia – mostrou todo seu poder atuando no Ramón Sánchez Pizjuán. Em uma partida onde nos primeiros 30 minutos de jogo, Neymar e Messi haviam destruído a esperança de manter a invencibilidade em casa que já durava um bom tempo, os sevillistas provocaram uma tremenda reviravolta no panorama do jogo. O Barça recuou após os dois gols, e o time da casa aproveitou para usar o fator campo e torcida a seu favor. Não deu outra. Um empate com gosto de derrota e o retrovisor estampando, mais uma vez, o Real Madrid na nossa cola – tudo bem que isso não veio a ser um grande problema, entretanto, para um jogo praticamente ganho como era esse, foi um deslize que em outrora poderia ser letal.

E é analisando friamente o comportamento das duas equipes nesses últimos dois encontros, que vemos que sim, a disputa pela Supercopa vai ser difícil, truncada, corrida, e brigada até o fim. O campo neutro nos dá certa vantagem – coisa que eu acho difícil de ser aproveitada, visando que um título está em jogo –, pois o retrospecto catalão fora de casa é amplamente superior aos dos andaluzes. Entretanto, como já foi dito – e vale a pena ressaltar –, não vai ser nada fácil. O Sevilla nos tirou este mesmo título após a conquista de 2006, e de lá pra cá só evoluiu. Não nos restam dúvidas sobre o potencial dos nossos adversários, mas ainda mais, não nos restam dúvidas sobre o nosso potencial. E se depender do time, a luta será mais eletrizante do que nunca. Vamos a Supercopa da Uefa!
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