Depois de um triunfo soberano nas UEFA Champions League temporada 2010/2011, as últimas atuações do Barcelona pelo torneio continental deixaram a desejar até um certo ponto. A improvável eliminação para o Chelsea em 2012, a goleada sofrida nos dois jogos contra os bávaros do Bayern de Munique, e a dura e triste derrota frente ao rival espanhol Atlético de Madrid, foram o estopim para se criar uma certa desconfiança para com o time da Catalunha, seria o fim do domínio catalão na Europa? A resposta é: não, não é o fim!
A reformulação de um time passa, desde o comando técnico, até as peças do elenco, e vai interferindo dentro do clube, em gestão, diretoria, financeiro, tudo faz parte do gigante mercado da bola, que não permite falhas, e foi justamente ai que o Barcelona pecou e acabou atrasando sua reforma. O time de 2012 era espetacular, assim como o de 2013, em ambas as épocas, o Barcelona era superior aos adversários, mas encontrou na sua soberba a arma do crime, achar que ganhar não dependia da dedicação total de todos do time levou a uma eliminação sofrida e amarga, e a uma goleada merecida e esperada. Do ano de 2014, deve-se tirar um aprendizado, mesmo com um time limitado, com muitos jogadores em condições ruins, e uma comissão técnica abaixo do nível exigido, o jejum de títulos não foi um castigo, e sim uma lição, chegamos na final da Copa do Rei, disputamos a Liga Espanhola até a última rodada, e nas quartas de final da Champions League perdemos para o time que viria a ser vice-campeão, em todas essas ocasiões faltou coletividade, faltou um pouco de determinação, e um almejo por algo maior, e é ai que o velho ditado cai bem: "Como satisfazer um time que já ganhou de tudo?", exatamente por isso, essa fase pouco vencedora é necessária, justamente para haver a tal reformulação e iniciar mais uma era de vitórias.
A temporada 2014/2015 já está na metade, a campanha do Barça na fase de grupos da UCL, foi como o esperado, e as oitavas de final nos trouxe um conhecido de pouco tempo atrás, o já rival, Manchester City, evidentemente o mais difícil dos adversários possíveis. O clube de Manchester vem embalado na Premier League, atualmente segundo colocado, briga diretamente com o Chelsea pelo campeonato inglês, sendo que na temporada passada o título ficou com eles. É motivo de preocupação? Sim e não. Sim pelo fato de ser um dos times do momento, ter dinheiro, e jogadores espetaculares, que podem decidir um jogo, e não pela questão camisa, o City tem menos gols na Champions League do que Lionel Messi sozinho, e não consegue repetir os feitos da Liga Inglesa no torneio continental, sem contar que a campanha deles na fase de grupos, foi pífia, e quase chegaram a perder a vaga para a Roma da Itália.
Enfim, o Barcelona parece mais entrosado, e começa a dar sinal de que os títulos são questão de tempo, e que uma era vitoriosa se aproxima. O trio formado por Neymar, Suárez e Messi vem marcando todos os jogos, apesar do baixo rendimento do centroavante uruguaio, e as vitórias importantes contra rivais gigantes começaram a aparecer, PSG e Atlético de Madrid já sentiram o poder ofensivo catalão, e a aliança no ataque parece ainda estar nos capítulos iniciais. O Barcelona vai encarar o Manchester City de igual pra igual, e com um time motivado e aparentemente jogando coletivamente, vai, não só buscar a vaga nas quartas de final, mas também o título da tão desejada UEFA Champions League.
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